terça-feira, 13 de setembro de 2011

Velas, incensos, um caldeirão e choro. Muito choro.

10 setembro, descobri que minha avó paterna havia falecido no dia 23 de agosto... e não teve uma preparação, apenas pergunte “ Ah e a vó como ta?” e me responderam: “Morreu” chorei muito, não consegui dormir durante a noite e me veio uma pergunta a mente,  “O que somos?”  Encontrei paz apenas com minha Deusa. Enquanto respirava, sentindo o cheiro do incenso, tentava me acalmar e assim que consegui isso fui tentando curar a dor com uma meditação que no momento criei, tentei fazer uma meditação com a terra, mas infelizmente não consegui, então usei o fogo para queimar o que estava me barrando e depois tentar uma conexão com a mesma.


Sentei-me e comecei a respirar calmamente enquanto as lagrimas brotavam quase que sem querer, me imaginei sentada no completo vazio, no escuro. O fogo se aproximou de mim na forma de um dragão vermelho, e se pôs na minha frente. 

Abri os braços e ofereci meu corpo, esperando ele entrar pelo meu peito, e começar a queimar minha dor, raiva, ódio, desespero e o luto. Poderia sentir ele percorrendo meus membros  e queimando tudo que não pertencia a mim. Junto queimaram também antigas “correntes” que me prendiam, juntamente com alguns medos, decepções, amarguras que eu mantinha dentro de mim, tão fundo que nem eu me recordava suas origens, mas sentia sim eu as sentia todos os dias. O chiado do fogo queimando meus sentimentos me libertou a alma, me limpou totalmente e depois de voltar a mim, e ver que já se passavam das 3 da manha, eu me surpreendi com o tempo que tinha se passado, para mim apenas alguns minutos... mas já tinham se passado duas horas da hora que eu tinha me sentado ali.

Me senti ainda um pouco (totalmente) desgastada, mas ainda não poderia ir dormir, tinha que fazer uma ultima coisa... Ainda sentada, sem sair do lugar de onde havia começado me concentrei e tentei novamente entrar em comunhão com a terra... Imaginei-me sentada a beira de um rio bem claro, calmo, sem ondas, juro que pude sentir o cheiro da terra molhada. Ali pedi a terra que me ajudasse,  imaginei uma energia verde entrando em meu corpo passando pelos meus braços, pernas, tronco ate chegar a minha cabeça e descer de volta para a terra. Carregando consigo o resto de medo, agonia e luto que sentia Agora estava forte novamente, e feliz, restaurada pela terra.

Naquele momento percebi que a Terra não estava me bloqueando, e sim eu a ela. Meu corpo e alma estavam muito cerrados para receber a conexão com ela. Por isso tive que novamente ser purificada pelo fogo que anda me acompanhando de perto nesse 're-começo'.

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